Isso porque, de acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData, até a terça-feira, 27, foram emplacados cerca de 10,8 mil caminhões no País. Este resultado equivale a 18 dias úteis, com média diária, assim, de 600 unidades, também disparada a melhor do ano e mantendo o mesmo ritmo verificado na primeira quinzena.
Desta forma com as vendas de quarta-feira, 28, o volume chegou à faixa de 11,4 mil emplacamentos de caminhões no mercado interno, o que já é o melhor resultado do segmento em 2014. Até agora o resultado mais positivo fora alcançado em abril, com 10,9 mil licenciamentos. Naquele mês a média diária foi de 544 unidades, também a melhor marca até agora.
A projeção para o fechamento total de maio, mantendo-se a média diária de 600 unidades, é de 12,6 mil emplacamentos, o que representará crescimento de aproximadamente 16% ante abril e estabilidade ante maio de 2013, que registrou 12 mil 638 unidades vendidas.
Neste ano apenas fevereiro registrou variação positiva no comparativo anual, mas esta se explica apenas devido à distorção do feriado de carnaval, que neste ano ocorreu em março. Fevereiro de 2014 foi 4,7% melhor do que o de 2013, mas no mês seguinte, março, houve queda de 25% na correlação com o mesmo período do ano passado. Abril de 2014 ficou 22% abaixo daquele de 2013, e janeiro, 11%. Tirando as distorções por conta de volume mensal de dias úteis, portanto, apenas agora em maio o mercado de caminhões está retomando o ritmo registrado no ano passado – o que indica que o pior já passou, como considerou o presidente da Mercedes-Benz, Phillip Schiemer, no último dia 15.
Há mais um importante dado a reforçar esta análise: caso confirmado o fechamento do mercado em maio na faixa de 12,6 mil emplacamentos, o acumulado dos cinco primeiros meses do ano apontará total próximo a 53,9 mil unidades ante 60,9 mil de janeiro a maio de 2013, redução de 11,5%. Até abril, de acordo com os números da Anfavea, o placar apontava 41,3 mil em 2014 para 48,3 mil em 2013, retração de 14,4%. A curva de baixa, desta forma, que desde fevereiro só se acentuou – de 4% para 11% e depois, em abril, para 14% – apresentará tendência de inversão.
Fonte: Autodata