Rodovias Inteligentes: motoristas seguros
Diariamente milhões de veículos, principalmente caminhões, utilizam rodovias para o transporte de cargas. Para evitar acidentes e garantir a segurança dos motoristas, as concessionárias se valem de diversos equipamentos com tecnologia de ponta para monitorar as vias. O Icaminhões foi conferir de perto como as empresas trabalham no monitoramento, prevendo situações de risco e gerenciando o tráfego tanto de veículos comerciais como também os de passeio.
No Estado de São Paulo, a Ecovias é a empresa que opera o Sistema Anchieta-Imigrantes, ligação entre a região metropolitana de São Paulo (formada pela capital paulista e por mais 38 municípios) e o Porto de Santos (SP) – o maior da América Latina –, o Polo Petroquímico de Cubatão, as indústrias da região do ABCD e a Baixada Santista. Com 177 quilômetros de extensão e movimento anual superior a 30 milhões de veículos pedagiados (motocicletas têm passagem livre), o trecho tem movimento intenso 24 horas por dia.
Para monitorar todo esse fluxo, o coordenador de Planejamento da Ecovias, Ronald Marangon, detalha como é a estrutura de “vigilância”: “O Sistema Anchieta-Imigrantes conta com monitoramento por câmera (são 146 ao todo), telefones de emergência em toda a rodovia, SCA (Sistema de Controle Ambiental – que permite detectar visibilidade, velocidade do vento e nível pluviométrico), painéis eletrônicos de mensagem e contadores de tráfego. Dentro dos túneis da pista descendente da Imigrantes, existem ainda os Detectores Automáticos de Incidentes (DAI) – que são câmeras que detectam qualquer movimentação fora do padrão e acionam o Centro de Controle Operacional –, e ainda os ventiladores automáticos com detectores de fumaça (no caso de um incidente, eles são acionados automaticamente). A concessionária também tem atuado com um Drone (mini-aeronave com câmeras acopladas que captam as movimentações das estradas e obras)”.
Muitas das tecnologias aplicadas são pensadas para entregar mais conforto aos motoristas. “As câmeras do sistema, por exemplo, permitem que os operadores do Centro de Controle Operacional monitorem as rodovias para identificar pontos de congestionamentos (que são avisados aos usuários por diversos canais de comunicação), veículos quebrados na rodovia e acidentes (nesses casos, é possível já acionar os recursos necessários para atendimento na pista). Os dados enviados pelas SCAs (Sistemas de Controle Ambiental) são determinantes para a implantação da Operação Comboio (aplicada em casos de neblina intensa). Já as informações obtidas por meio dos contadores de tráfego podem determinar a mudança da operação em vigor. É por meio deles que a concessionária identifica o número de veículos que trafegam em cada um dos sentidos da rodovia (no caso de movimento muito concentrado em um dos sentidos, a concessionária disponibiliza maior número de faixas na direção em que há maior volume de tráfego)”, explica Marangon.
O monitoramento no Rio Grande do Sul
No Sul do Brasil, a Triunfo, empresa brasileira do setor de infraestrutura, administra por meio de sua concessionária Concepa cerca de 121 quilômetros de rodovias duplicadas de dois trechos de estradas: No primeiro trecho conhecido como Free Way, está a BR-290. Já no segundo trecho, coincidente com a BR-116 e conhecido como Travessia Régis Bittencourt, é um dos principais corredores de ligação com o Mercosul, em especial com o Uruguai e a Argentina.
“Temos 58 câmeras de monitoramento, além de analisadores de tráfego, indicadores luminosos para utilização do acostamento (como faixa de rolagem), call box (telefones colocados em determinados pontos da rodovia para chamadas de emergência) e painéis de mensagem variável. Os usuários podem obter informações acompanhando a programação da Radiovia Free Way – a primeira rádio estrada brasileira, que opera na frequência FM 88,3 –, pelas nossas redes sociais e pelo nosso aplicativo disponível para smartphones. Neste último, por exemplo, é possível acessar as câmeras de monitoramento em tempo real”, diz o gerente de Tecnologia da Informação da Concepa, Arleu Campos.
De acordo com Campos, todas as tecnologias empregadas têm sido essenciais para o atendimento de ocorrências: “Elas conferem agilidade e segurança no atendimento. O usuário estacionado em refúgio que acione o call box terá a câmera mais próxima direcionada automaticamente para sua posição, enquanto é atendido pela Central de Operações. Em trechos específicos, o volume de tráfego e a velocidade média são interpretados pela Central de Operações, que poderá acionar os semáforos que liberam o uso do acostamento. Informações relevantes, como retenção em determinado trecho, seja por acidente ou fluxo intenso, eventos meteorológicos críticos, dentre outros, são disponibilizadas nos meios de comunicação com o usuário (painéis de mensagem variável, rádio FM, site corporativo, redes sociais e aplicativo móvel)”.
De acordo com o gerente de Tecnologia da Informação da Concepa, hoje o índice de monitoramento das rodovias (112 quilômetros da BR-290, e oito quilômetros da BR-116) é de aproximadamente 85% – e é feito por câmeras e analisadores de tráfego instalados ao longo da concessão. “Além destes equipamentos, o trecho administrado está localizado em região densamente povoada, dispondo de informação confiável de estações meteorológicas públicas ou privadas, associadas a serviços de meteorologia para interpretação e projeção. Havendo advertência de eventos climáticos críticos, tais como neblina, tempestade, granizo, etc., avisos são inseridos nos painéis de mensagem variável e as equipes de Operações são colocadas em alerta no trecho afetado”, garante Arleu Campos.
O Sistema Anchieta-Imigrantes conta com 146 câmeras para monitorar cerca de 30 milhões de veículos por ano que cruzam os 177 quilômetros de vias.
No Rio Grande do Sul, a empresa Concepa utiliza 58 câmeras de monitoramento, redes sociais e até uma Rádio FM para informar as condições de tráfego.
Trecho da Imigrantes, administrada pela Ecovias.
Fonte: icaminhoes
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