Lombalgia: a dor do caminhoeiro
A lombalgia, popularmente conhecida como dor nas costas ou dor nos quartos, é uma das principais consequências da rotina vivenciada pelos carreteiros de passar muito tempo ao volante do caminhão e se exercitar pouco.
Uma das queixas mais comuns entre os motoristas de caminhão é a dor nas costas. O motivo é simples, se deve à rotina de trabalho que inclui falta de tempo para cuidar da saúde e até mesmo se exercitar e que, por consequência, facilitam o surgimento de doenças como a lombalgia. Os principais fatores da causa, conforme explica o fisioterapeuta, João Augusto Figueiró, vice-presidente do Instituto Zero a Seis, são erro de postura, bancos não ergonômicos, falta de apoio para o pescoço e braço, longas horas de trabalho contínuo sem pausa para descanso, sedentarismo, obesidade, falta de alongamentos, poucas horas de sono, uso de medicamentos estimulantes e estresse.
Para reduzir as chances de desenvolver a lombalgia é necessário mudanças nos hábitos, como regular os níveis de estresse, fazer atividades físicas regularmente, controlar a alimentação e peso, e melhorar a orientação postural. Figueiró acrescenta também a importância de evitar longos períodos de trabalho contínuo, poucas horas de sono e prevenir e tratar precocemente doenças crônicas como o diabetes. “Se a dor aguda não for tratada, pode ocorrer a cronificação da dor, negligência com doenças que podem se manifestar como dor nas costas (como uma metástase de um câncer), prejuízo na capacidade ocupacional, incapacidades crônicas para o trabalho etc”, explica.
O fisioterapeuta destaca também que fazer os exercícios de alongamento antes e depois do início das atividades, utilizar as técnicas de redução de estresse e melhorar a alimentação são importantes. Porém, o carreteiro deve valorizar a ergonomia na cabine, com bancos adequados a sua altura e peso, com apoio adequado para os braços e pescoço e uma inclinação do apoio das costas em um ângulo de 100 graus aproximadamente, com sistema de amortecimento das vibrações e impactos. “Adequar a altura e distância da direção também fazem parte do processo”, complementa. É importante também, conforme alerta o fisioterapeuta, procurar um especialista nos primeiros sinais da dor para que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos precocemente.
Como evitar a lombalgia:
– Evitar o excesso de peso corporal;
– Manter postura correta em pé (cabeça e tronco retos, peito para fora, caminhando de forma a distribuir o peso corporal nas duas pernas);
– Manter a postura correta sentado (apoiar bem as costas, ter os pés bem firmes no chão, com os joelhos fletidos em ângulos retos);
– Manter a postura correta deitado, dormindo em colchão firme, duro ou em colchão de água, procurando dormir de lado, com um travesseiro entre os joelhos; Manter a postura correta ao levantar um peso (segurá-lo junto ao corpo, dobrar só os joelhos, deixando as pernas fazerem o movimento de levantar ou baixar sempre com o corpo direito);
– Praticar exercício físico regularmente, de forma moderada e adaptada às possibilidades físicas de cada um, com o objetivo de melhorar a forma física (força, flexibilidade e capacidade aeróbica). (DG)
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