Freios a disco X freios a tambor

Segurança: a real eficácia dos freios a disco e a tambor
Após a polêmica sobre freios a tambor do Hyundai Elantra, a AE explica suas consequências

Auto esporte – Quando foi anunciado que o Hyundai Elantra ganhou o título de Carro do Ano nos EUA um dos quesitos mais elogiados foi sua segurança. Mas por aqui, muitos leitores questionaram a qualidade do sedã, já que no Brasil ele vem equipado com freios traseiros a tambor. As diferenças de segurança entre os dois tipos são pequenas, mas os detalhes podem interferir na eficiência e no custo de manutenção para o motorista.
O funcionamento
Para começar, vamos explicar como cada freio funciona. O freio a tambor possui duas sapatas, um cilindro de freio com pistão e muitas molas. Ao pisar no pedal, os pistões empurram as sapatas contra o tambor; e se preciso, uma força extra automática é fornecida pela cunha, parando o carro. As molas são usadas para afastar a sapata do tambor quando o freio é liberado. Com o tempo, ocorre o desgaste das lonas, o que aumenta a distância entre a sapata e o tambor. Porém, por meio de uma regulagem automática, esses dois itens são mantidos sempre próximos.
Já o freio a disco, apesar de ser mais moderno, tem um funcionamento mais simples. Sua mecânica é parecida à do freio de uma bicicleta: as pinças comprimem as sapatas contra a roda fazendo-a parar por meio do atrito.

Freios a tambor contam com a operação de molas e de sapatas (dir.); Manutenção é mais custosa
A manutenção
Por conta desta simplicidade, o freio a disco tem uma manutenção mais rápida e barata. Na verdade, o que faz seu preço ser mais alto na hora da compra é o custo de fabricação do próprio disco e do conjunto duplo de freios traseiros, montado com dois sistemas separados; um para o freio de estacionamento e outro para os freios comuns.
Apesar de a necessidade de reparo do freio a tambor ser menos frequente (a cada 50.000 km, de acordo com o engenheiro Rubens Venosa), seu custo pode ser maior. Segundo a Fiat, a manutenção dos tambores, do jogo de sapatas e dos cilindros de freio de um Punto Essence com freios a tambor sai por volta de R$ 571,66.
Por sua vez, os freios a disco devem passar por manutenção a cada 30.000 km, ou quando as pastilhas estiverem com uma espessura inferior a 5 mm. Este custo para um Punto T-Jet com sistema ABS é equivalente a aproximadamente R$ 221,72.
Freios a disco têm manutenção mais barata e oferecem menos risco de aquecimento
A segurança 
Já no quesito segurança, o freio a disco se destaca em duas situações. Primeiro, não está suscetível a acumular água em seu interior, o que garante maior eficácia em pistas molhadas. A outra vantagem é que ele tem maior capacidade de resfriamento, uma vez que possui um sistema aberto que dissipa mais rapidamente o calor. “Com isso o fenômeno fading – quando o fluído de freio ferve – é evitado, o que garante a qualidade da frenagem”, explica Daniel Lovizaro, chefe de assistência técnica da divisão automotive aftermarket da Bosch Brasil.
“É importante frisar que os dois tipos de freios – a tambor e a disco – são seguros. O que mais diferencia sua eficácia são os sistemas auxiliares, como o anti-blocante (ABS), que é mais frequente nos freios a disco”, ressalta o engenheiro Rubens Venosa.
Procurada pela reportagem, a Hyundai do Brasil respondeu que dependia de informações dos fabricantes no exterior para explicar o porquê dos freios a tambor para os consumidores brasileiros e não retornou o contato até o fechamento desta reportagem.
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Fonte: auto esporte / Fotos divulgação

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