Etanol: Abastecimento desvantajoso
Abastecer com etanol se torna ainda mais desvantajoso na cidade de São Paulo
A desvantagem do etanol ante a gasolina cresceu na cidade de São Paulo, passando de 70,94% em novembro para 71,86% em dezembro, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgados nesta quarta-feira. Em dezembro de 2010, a relação estava mais baixa, em 67,49%.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada a partir do menor poder calorífico do etanol, equivalente a 70% do poder da gasolina.
O aumento da relação é atribuído ao avanço dos preços do etanol, de 1,13% no mês passado, enquanto os preços da gasolina tiveram deflação de 0,17%. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a tendência é de que os preços do etanol permaneçam em alta. “Há notícias de queda na produção. Pode faltar produto. O cenário é desfavorável”, disse o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima. Conforme o economista, se a escassez for confirmada, o início do ano será semelhante ao começo de 2010 (em março daquele ano, a relação entre o etanol e gasolina chegou, segundo a Fipe, a 85%).
Mesmo se não houver falta de etanol, os preços do combustível só devem baixar em abril, com a entrada da safra, pelas estimativas da Fipe. Para a gasolina, a perspectiva não seria tão ruim. “Não deve ter alta brusca como o etanol”, prevê Costa Lima. No levantamento semanal da Fipe, a relação entre o etanol e a gasolina desacelerou, passando de 72,43% na terceira semana para 71,71% na quarta semana do mês passado.
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Fonte: Automotive Business
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