Aumento do Diesel X Frete
O reajuste de 8% no custo do diesel e de 4% no da gasolina proporcionam, evidentemente, um impacto negativo na economia. Não apenas pelo abastecimento do seu automóvel, que ficou mais caro. Mas, também, pelo encarecimento da operação logística.
Para compreender com maior precisão o tamanho deste impacto financeiro, o Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (DECOPE) realizou um estudo para prever o impacto direto no custo operacional dos caminhões. O levantamento considerou o aumento de 7% na bomba, pois, já que o reajuste de 8% é válido apenas para o preço da refinaria e nem todo o aumento chegará às bombas, segundo Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC&Logística. Dessa forma, o cálculo usou como parâmetro o consumo de combustível de um caminhão trator 4×2 tracionando carreta furgão de três eixos, com capacidade para 26,2 toneladas de carga.
“A previsão é que o custo tenha um aumento médio de 2,05% (distâncias de 800 km), mas o número pode variar para mais ou para menos de acordo com a distância percorrida pelo veículo”, explica Gonçalves dos Reis. Para quilometragens longas (2,4 mil km), o aumento pode chegar a 2,24%.
O estudo também concluiu que o custo do caminhão pesado poderá sofrer um impacto de 0,73% quando o trajeto for de 50 km, 1,83% em um trajeto médio de 400 km e 2,30% quando o trajeto for muito longo. O Decope destaca que estes valores foram baseados em carga lotação e, dependendo da operação, a representatividade do combustível varia de 15% a 40%.
O custo do combustível pode representar algo em torno de 15 a 20% em operações urbanas ou rotas curtas. No caso de uma operação rodoviária, como para o agronegócio, em que são utilizados veículos pesados para grandes distâncias, o peso do combustível pode subir para 40% ou mais do custo de transporte.
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