Ar-condicionado
Ar-condicionado: saiba tudo para fugir do calor sem ter problemas, confira dicas de uso, manutenção, reparo e instação para o sistema
Ar-condicionado deve ser ligado ao menos uma vez por semana, mesmo em períodos frios
Auto Esporte – Ar-condicionado, o mais adorado dos equipamentos automotivos nos dias tórridos de verão. Apesar de não ser muito utilizado em outras estações, dependendo da região do país, esse salvador da pátria também merece constante atenção. Mesmo sendo resistente a problemas, nunca é demais aprender a usá-lo corretamente e a investir na manutenção preventiva.
Independente do nível de tecnologia oferecido pelo refrigerador de ar do seu carro, colocá-lo para funcionar é muito simples. Só não é recomendável dar a partida no motor com o acessório ligado para não sobrecarregar o motor de arranque. Antes de desligá-lo, uma boa dica pode evitar um inconveniente que muita gente conhece.
Independente do nível de tecnologia oferecido pelo refrigerador de ar do seu carro, colocá-lo para funcionar é muito simples. Só não é recomendável dar a partida no motor com o acessório ligado para não sobrecarregar o motor de arranque. Antes de desligá-lo, uma boa dica pode evitar um inconveniente que muita gente conhece.
“Quando estiver perto de seu destino, o condutor deve desligar o ar-condicionado e acionar a ventilação na velocidade máxima por, pelo menos, três minutos”, explica Amaury Oliveira, gerente de engenharia, gerenciamento de programas e qualidade da Delphi. É a maneira mais eficiente de eliminar a umidade que se acumula nas galerias por onde passa o ar gelado. Assim, o dono do veículo evita a proliferação de fungos e bactérias pelo sistema, que causam um odor bem desagradável.
Outra dica simples para evitar problemas é ligar o item pelo menos uma vez por semana, mesmo nos piores períodos do inverno. “É uma forma de manter mangueiras, vedadores e selos de borracha sempre lubrificados, já que o óleo que abastece o equipamento circula misturado ao gás. Isso diminui o risco de rachaduras nas peças de borracha e, por consequência, o risco de vazamentos de gás”, diz Rubens Venosa, engenheiro proprietário da oficina Motor Max e consultor de Autoesporte.
Já Harley Bueno, diretor de reciclagem e segurança veicular da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), lembra que o ar-condicionado é projetado para durar tanto quanto o veículo, desde que seu dono siga, ao menos, esse tipo de recomendação.
Afinal, precisa trocar o gás?
Em caso de dúvida, consulte o manual do proprietário para não cair em conversas esquisitas, como aquela que diz que o gás que resfria o ar deve ser trocado periodicamente. “Isso é um mito. O sistema é selado e o gás não é perecível”, explica Harley Bueno.
Fique atento na hora de revisão: recarga de gás no sistema só é necessária se ocorrer vazamento
Recarga de gás só é necessária se ocorrer vazamento. Nesse caso, recorra a uma oficina especializada, pois alguns estabelecimentos oferecem um tipo de gás que não é exatamente o indicado para o ar-condicionado do seu veículo. Um gás diferente trabalha com pressões fora do padrão e causa estragos. “A pressão elevada pode, por exemplo, estragar conexões de mangueiras e diminuir a durabilidade do compressor. É importante procurar profissionais que conheçam essas particularidades”, recomenda o gerente da Delphi.
Em revisões de rotina, mesmo se nunca houve vazamento, o dono do veículo pode solicitar também que se verifique a pressão do gás no sistema, exame que pode detectar anomalias como o entupimento de alguma válvula, ou o desgaste prematuro do compressor.
Manutenção preventiva
Nos períodos de revisões, também vale pedir ao reparador que avalie o estado da correia que aciona o compressor, e se ela está trabalhando na tensão correta (sem folga). Outra peça importante é o filtro de cabine, que barra a entrada de impurezas. Quando demora muito a ser trocado, o item causa mau cheiro e diminui o fluxo do ar direcionado para o habitáculo.
Uso em centros urbanos exige troca do filtro de ar com mais frequência
“A troca desse filtro é necessária, mas sua durabilidade depende muito de onde o veículo circula”, comenta Amaury Oliveira. Em cidades de interior, com vias asfaltadas e poucos veículos, o componente resiste por mais tempo. Já em grandes centros urbanos a contaminação é bem maior. Na zona rural, quem transita por estradas de terra tem de trocar o filtro ainda mais cedo.
No fim das contas, é recomendável que o dono do veículo solicite a verificação do estado da peça a cada revisão. Para modelos que passaram do período de garantia e não são submetidos a revisões por quilometragem (por opção do dono do carro), Venosa recomenda que o elemento filtrante seja verificado a cada seis meses.
Para quem não se lembrou de trocar a peça e começou a perceber odores desagradáveis (que também surgem nos modelos sem filtro), a melhor saída é solicitar a higienização de todo o circuito por onde passa o ar refrigerado. “A limpeza da tubulação é importante, pois ocorre acúmulo de sujeira nas fissuras do evaporador, que trabalha úmido”, comenta o consultor de Autoesporte, que recomenda que esse tipo de limpeza seja feita preventivamente a cada troca do filtro – quando disponível.
Problemas mais comuns
Segundo Venosa, os problemas mais comuns do ar-condicionado são: parar de ventilar, parar de resfriar o ar e começar a emitir ruídos, geralmente por problemas no compressor. Quando para de resfriar, é importante saber se há ou não gás no sistema. No caso de vazamento, deve-se localizar e eliminar o ponto de fuga do gás e providenciar sua recarga. Problemas com a ventilação podem indicar que o filtro está entupido, que o ventilador interno não está funcionado ou ainda que o reostato que ajusta a velocidade do ventilador está com defeito.
Ruído, geralmente vindo do compressor, significa que o componente está desgastado e que deve ser trocado. Quando isso ocorre, é importante que se faça a limpeza dos dutos por onde o gás e o óleo circulam porque o compressor com defeito pode admitir ar externo e gerar contaminação na tubulação.
Quando estiver perto do destino, desligue o ar-condicionado e acione a ventilação na velocidade máxima por, pelo menos, três minutos
Instalação independente
Para quem decidiu instalar o kit de ar-condicionado em lojas independentes, o gerente da Delphi dá uma importante dica: solicite ao vendedor um kit homologado pelo fabricante do seu veículo. “Caso contrário, o consumidor corre o risco de pagar por um equipamento de baixa eficiência”. Oliveira reconhece a qualidade de muitas oficinas independentes, mas lembra também que comprar um veículo com ar-condicionado instalado pela montadora, ou pela concessionária, beneficia o consumidor com um equipamento feito especificamente para o veículo escolheu e com a garantia válida em todo o país.
Confira o vídeo sobre MITOS do ar condicionado automotivo
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Fonte: autoesporte / Fotos e vídeo divulgação
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