Airbag é essencial
Em 0,4 segundo depois da colisão a 64 km/h, a bolsa inflável já está quase cheia. O corpo mal se movimenta.
Carro online- A partir de janeiro de 2014, todos os carros produzidos no Brasil deverão sair de fábrica com airbag duplo (motorista e passageiro) de série . Os demais tipos de airbags (de cortina, de joelho e laterais) seguem como opcionais. Sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em março de 2009, a lei causa certa movimentação nos bastidores, mas corre o risco de ser alterada. O lado bom disso, segundo o gerente de desenvolvimento de negócios da TRW — que fabrica o sistema —, Nivaldo Siqueira, é que com o aumento da demanda será possível realizar boas negociações junto às montadoras, com preços radicalmente menores do que os de hoje, na casa dos R$ 1.500. “O repasse ao consumidor deverá ser pequeno”, aposta.
Consultores automotivos alertam sobre a possível valorização de usados dotados do equipamento com a aplicação da lei, o que deve gerar a antecipação de algumas compras e ajudar no processo de disseminação. Segundo Siqueira, em 2010, dos mais de 3,5 milhões de veículos produzidos no país, aproximadamente 31% saíram das linhas de montagem com o equipamento. “Hoje, existe uma conscientização muito maior. Os itens de segurança ganham participação na compra”, analisa. No mercado de reposição, o airbag custa em média R$ 2.250. Uma vez infladas, as bolsas so sistema precisam ser trocadas.
Em 0,8 segundo o corpo se projeta para frente e a bolsa está cheita. Ela recebe o impacto do corpo, de uma tonelada de peso.
O Dummy sofre por você
Você pode não acreditar, mas antigamente eram os próprios pilotos de testes que passavam pelo crash-test. A partir dos anos 1960, quando a preocupação com a segurança começou a tomar corpo, os dummies passaram a substituí-los. Hoje os bonecos são cada vez mais parecidos em peso e flexibilidade com seres humanos adultos, bebês e até com animais.
O álcool é o maior vilão
Em 1,5 segundo o corpo retorna para o banco e ricocheteia no assento. A bolsa continua cheia esperando o novo impacto.
Mais de 55% dos acidentes registrados no Brasil foram cometidos por quem exagerou na bebida antes de pegar no volante. O uso do airbag nesses casos pode não salvar vidas, pois 60% dos que bebem e dirigem não usam o cinto de segurança corretamente.
Como é que o airbag funciona tão rápido?
De acordo com o gerente da TRW, Nivaldo Siqueira, nos airbags frontais há sensores de desaceleração e deformação instalados no para-choque e controlados por uma central eletrônica no módulo do veículo que, ao interpretar irregularidades, acionam o gerador de gás e as pastilhas em estado sólido (dentro da bolsa), que sofrem, então, reações eletroquímicas. Estas desencadeiam a formação do gás e, finalmente, inflam a bolsa.
“A transformação do gás é muito rápida, por isso gera o aquecimento. Porém, as bolsas já contam com sistemas de resfriamento e gás frio, que impedem desconfortos em relação a isso”, afirma Siqueira. Para que o sistema funcione perfeitamente e o trabalho de segurança seja eficaz, alguns cuidados são importantes. “Utilizar o cinto de segurança e manter a distância entre o nariz e o volante de, ao menos, 30 centímetros ajudam”, conclui. Segundo pesquisas, 92% das pessoas que sofreram acidentes em carros com airbag e usavam cinto de segurança não sofreram ferimentos graves. Mais de 60% não tiveram sequer ferimentos leves e apenas 8% dos acidentes lesionaram o motorista gravemente.
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